Significado de Robinson crusoe
Na segunda metade do
seculo XIX, muitos economistas utilizaram a for
ma de vida de Robinson Crusoe (do livro ho
monimo, escrito por Daniel Defoe e publicado
em 1719), isolado em "sua" ilha, como repre
sentativa do individuo racional que utiliza e
combina os recursos disponiveis para obter a
maxima satisfacao presente e futura. Enquanto
personificacao da teoria economica baseada na
oferta e na demanda, pode ser encontrada em
Teoria da Economia Politica (1871), de Stanley Je
vons; em Principios de Economia Politica (1871),
de Karl Menger; em Principios de Economia (1890),
de Alfred Marshall; em O Alfabeto da Ciencia Eco
nomica (1888), de Philip Wicksteed; em Teoria do
Capital (1890), de Bohn Bowerk; e no Valor, Ca
pital e Renda (1893), de Knut Wicksell. Os autores
citados utilizam o exemplo de Robinson Crusoe
em suas obras para mostrar como um individuo
isolado organizava seu consumo de tal forma a
maximizar a utilidade (no sentido marginalista),
distribuindo os esforcos representados pelo tra
balho entre a producao de bens de consumo e
de "investimento". Por exemplo, em determina
do momento, Robinson Crusoe parava de pescar
com anzois e utilizava seu tempo para confec
cionar uma rede que lhe daria maior capacidade
produtiva, formando dessa maneira um "capi
tal". O comportamento de Robinson Crusoe era
tambem transposto para a sociedade como um
todo, no sentido de que os principios do com
portamento racional poderiam ser aplicados a
qualquer tipo e economia, desde um individuo
isolado ate as economias (entao) modernas. Esse
enfoque pode ser encontrado com muita clareza
no livro A Distribuicao da Riqueza (1899), de J.B
Voltar para ajuda