Quando o assunto é poupança, existe uma grande discussão em torno do assunto entre especialistas da área de economia. Uns defendem que, embora o retorno seja muito baixo, a poupança é sim, um investimento. Outros, argumentam que uma modalidade corroída pela inflação e com rentabilidade tão baixa, não pode ser considerada como investimento.
Eu, particularmente, gosto de tratar a poupança ao pé da letra, ou seja, pelo real significado da palavra poupar que nada mais é que, evitar o gasto ou desperdício, economizar e ponto final!
De fato, a pouca rentabilidade que a poupança provê a tornou uma péssima escolha dentre todas as modalidades de investimentos. Portanto, coloque na poupança, apenas o dinheiro necessário para economizar uma determinada quantia, para ingressar em opções mais rentáveis ou para o caso de precisar do dinheiro em curtíssimo prazo.
A poupança está enraizada na cultura do brasileiro, tanto é verdade que, desde que foi criada em 1861, por D. Pedro II, ainda é o investimento mais utilizado por aqui. No começo, ela rendia exatamente 6% ao ano, entretanto, essa regra foi mudando com o passar do tempo, até que no dia 04 de maio de 2012, foi definida uma nova regra e a poupança passou a ser calculada com base em duas taxas, a Selic e a TR, que significam Sistema Especial de Liquidação de Custódia e Taxa Referencial, respectivamente.
Com essa nova regra, o rendimento da poupança pode variar de duas maneiras:
Para que você tenha uma ideia, quando escrevi esse artigo, a taxa Selic estava em 6,5% e a remuneração básica ou TR, em zero. Portanto, o rendimento da Poupança, girava em torno de 4,55% ao ano, veja:
Se levarmos ainda em consideração o rendimento líquido, que citei no artigo "Inflação e a rentabilidade real do investimento", o retorno real da poupança, já descontada a inflação que estava em 4,05% na ocasião, seria de 0,48% no ano.
Embora ofereça baixa remuneração, a poupança tem algumas vantagens. A exemplo do que ocorre com outros investimentos de renda fixa, ela também oferece a proteção do FGC de até 250 mil reais, por instituição, além de isenção de Imposto de Renda.